Antoine Doinel, um jovem de apenas 12 ou 13 anos, caminha por Paris nos anos 50, constantemente em apuros, fazendo arte – daí o título do filme, Les 400 Coups, que na França se traduz por ‘pintar o sete’.
O garoto se sente rejeitado pela mãe, quase um fardo impossível de se transportar, e apenas aceito pelo pai adotivo, como algo inevitável que se tem de suportar.
Ele se refugia nos livros, principalmente no escritor francês Honoré de Balzac, e no cinema, sua paixão.
Entre uma encrenca e outra, ele mente para os pais, mata aulas, se vê incompreendido não só no seio familiar, mas também na instituição educacional, inócua e arcaica, símbolo de um sistema educacional falido e impotente, pronto a reprimir qualquer sinal de criatividade e de rebeldia.
Este clássico do cinema francês é o primeiro entre tantas outras obras-primas que nasceriam da mente e do coração do genial diretor da nouvelle vague, François Truffaut.
Os Incompreendidos é pura poesia visual, um deleite que não se experimenta nas telas cinematográficas desde seu lançamento.
Produzido em 1959, em preto-e-branco, ele é hoje considerado um dos melhores filmes de todas as épocas.
Até mesmo o diretor, que não se sentia muito à vontade para admitir que o personagem era uma espécie de alter ego, não podia negar que o enredo era um espelho de sua própria infância, de seus conflitos com a mãe e com o pai adotivo.
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