João Goulart, o Jango, foi injustiçado pela memória histórica nacional.
Deposto em 1964, o gaúcho passou a figurar como o estadista vencido e incapaz de resistir ao avanço dos golpistas.
O filme/documentário Jango é de 84, dirigido por Silvio Tendler.
O cineasta não resume a obra à simples exaltação da personalidade do ex-presidente, a figura de Jango é problematizada com o contexto histórico do início da década de 60 e a tradição trabalhista de Vargas.
O documentário utiliza-se da história de Goulart para emitir um discurso em defesa da democracia e da justiça social, o filme consegue utilizar fortes imagens de repressão do regime militar e traz depoimentos que contemplam ambos os lados, ao mesmo tempo em que militares remanescentes falam sobre o período, figuras símbolo da política brasileira que foram exiladas e combateram a ditadura também oferecem seus relatos, à exemplo do ex-governador Leonel Brizola.
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