Cultuado por muitos críticos internacionais, A Regra do Jogo, do célebre diretor Jean Renoir, retrata, em tom de farsa, a luta de classes entre empregados e aristocratas na França dos anos 30.
Um jovem aviador recordista de vôo revela inocentemente a um repórter seu caso com a esposa do Marquês de La Chesnaye.
Na tentativa de minimizar o escândalo, o refinado aristocrata convida várias pessoas influentes para sua casa de campo, tendo como pretexto um final de semana de caça.
Entre os convidados está também o piloto, amante de sua esposa.
O evento foge ao controle quando um dos convidados é assassinado.
O retrato que A Regra do Jogo, de Jean Renoir, traça da sociedade francesa em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, é horripilante, grotesco, nauseabundo.
Não há sequer um personagem que tenha bom caráter.
São pessoas fúteis, vãs, vazias, destituídas de qualquer sentimento mais positivo.
São irremediavelmente infiéis a seus cônjuges.
Não sentem afeto verdadeiro por ninguém, a não ser pelo seu próprio umbigo.
Se, por um milagre, por ira ou simples desprezo divino, morressem todos, não fariam a menor falta a este planeta e a ninguém.
Definitivamente, Jean Renoir não estava feliz com o estado das coisas em seu país naquele mesmo ano em que o nazismo iniciaria a mais trágica de todas as guerras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.