Neste documentário entramos na visão do grande artista e arquiteto chinês Ai Weiwei, reconhecido internacionalmente por seu contundente ativismo contra o regime político do país através de um valioso recurso: a arte.
"A inquietude de Ai Weiwei, o artista que, entre outras coisas, criou o estádio olímpico chinês para depois condenar a maneira como a China usava as Olimpíadas, é impressionante e encantadora.
"A inquietude de Ai Weiwei, o artista que, entre outras coisas, criou o estádio olímpico chinês para depois condenar a maneira como a China usava as Olimpíadas, é impressionante e encantadora.
Libertário e engajado como poucos artistas hoje em dia, Ai Weiwei, o homem, é razão suficiente para que um documentário sobre ele seja, no mínimo, interessante, mas o filme de Alison Klayman tem um mérito que o torna essencial: em vez de apenas registrar a arte e o processo de criação de seu personagem, a cineasta parece interessada, na mais simples da hipóteses, em traduzi-lo, e na mais complexa, em capturar seu espírito.
Isso explica porque a diretora dedica grande parte de seu longa a momentos que mostram, mais do que Ai Weiwei na intimidade, a sua essência inquieta.
Isso explica porque a diretora dedica grande parte de seu longa a momentos que mostram, mais do que Ai Weiwei na intimidade, a sua essência inquieta.
"Ai Weiwei: Sem Perdão" equilibra-se entre o retrato do artista e o documento do ativista, mas busca descortinar o homem, revelando a história de seu pai, apresentando a existência de seu filho, dando voz a sua mãe depois que ele é libertado do cárcere: “estou feliz em vê-lo bem”.
O homem Ai Weiwei está no centro do filme.
Desta forma, Klayman consegue celebrar sua arte, registrar sua política e, de certa forma, traduzir seu espírito. Fica mais fácil decifrar o que está por detrás da imagem ameaçadora daquele homem grande que nunca sorri e aponta o dedo para a câmera. Ali, está um inquieto genuíno."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.