Indicado apenas para público de salas de arte, este é daqueles filmes bem intencionados, mas ingênuos, repleto de coincidências e boa vontade.
Tudo muito previsível e impossível de acontecer na vida real.
Mas enfim, sempre se pode sonhar que os rapazes sem futuro possam encontrar uma motivação para mudarem de rumo e conseguirem fazer algo de sua vida.
No fundo é um bom exemplo difícil de ser seguido, ainda mais nos tempos que correm.
É a história de uma jovem de 17 anos, israelense, Tai que vive em Tel Aviv, com os pais, estuda e tem medo dos ataques com bomba que sucedem quase diariamente.
Tem a ideia de lançar uma garrafa ao mar, como nos antigos romances, na esperança de que alguém a pegue e responda a carta, abrindo uma amizade via internet.
Só que pede para o irmão que serve o exército jogar a garrafa no mar da faixa de Gaza, aquela terrível região em que são forçados a conviver os palestinos sem pátria e os judeus que se instalaram lá como colonos.
E quem a recebe é o palestino Naim, de 20 anos, que a principio desconfiado, esconde dos amigos (mas ao menos tem uma mãe compreensiva feita pela atriz palestina mais famosa do mundo, Hiam Abbass).
E eventualmente começa a se corresponder com a jovem, que é só inimiga por circunstâncias de que eles não tem culpa.
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